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Foto do escritorJoyce Leite

Mitos sobre suicídio

O que é o suicídio?




“...um ato próprio da natureza humana e, em cada época, precisa ser repensado” (Goethe)



Em aspecto geral o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção de provocar a própria morte.


“suicídio é uma denúncia individual de uma crise coletiva”
(Durkheim)


Essa atitude está relacionada a um sofrimento intenso vivido pelo indivíduo, e que pode ter origem de conflitos intrapsíquicos que o perturbam demasiadamente e que lhe deixam somente a morte como recurso. Este sofrimento pode ser tanto verdadeiro quanto ter sua origem em algum transtorno psiquiátrico como a psicose aguda (indivíduo sai da realidade, porém não tem esta percepção), a depressão delirante ou outro transtorno afetivo.


O suicídio está entre as três maiores causas de morte entre pessoas com idade entre 15-35 anos.


Primeiro causa acidentes e segunda homicídios.


Em torno de 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva



Para cada suicídio há, em média, 5 ou 6 pessoas próximas ao falecido que sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas.


Mitos:


“Quem se mata não avisa”


Aproximadamente 90% das pessoas que tentam suicídio avisam antes.




“Ele está ameaçando suicídio apenas para manipular.”


A pessoa que fala abertamente sobre o desejo de morrer está no mínimo pedindo ajuda, indica que há algo de errado e, portanto, deve ser investigado, especialmente em adolescentes onde as emoções são vividas com maior intensidade, é necessário um olhar diferencial, para sinais que são costumeiramente ignorados pelos familiares agravando a depressão e aumentando a possibilidade de cometer tal ato. Há casos que a pessoa em depressão tentou depositar a culpa de sua situação nos outros indivíduos que compõem seu ambiente social, principalmente nos familiares.




“Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o paciente a isso.”


Especialistas no assunto afirmam caso ocorra desconfiança deve abordá-lo da forma mais direta possível perguntando se já pensou no assunto e se já chegou a planejar o ato. É uma maneira possível de perceber a gravidade da situação. Tendo em vista que o desejo de morrer é em que o sujeito encontra de sair de um sofrimento, situação, dor e/ou conflitos ao ser questionado há a possibilidade de um novo caminho para sair da situação em que se encontra.



“Quem quer se matar, se mata mesmo.”


Não é de se negar que existem aqueles que realmente se matam, nem sempre é possível prevenir todos os suicídios, mas, sim, evitar os que podem ser evitados. Essa afirmativa pode conduzir ao imobilismo terapêutico e/ou descuido no manejo das pessoas sobre o risco. Falar esta afirmação como na frente de uma pessoa que ameaça se matar pode ser considerada como incentivo, indução e/ou instigação ao suicídio e, portanto, é considerado crime.


“O suicídio é um ato de covardia (ou de coragem)”



Suicídio não é um ato de covardia, nem mesmo de coragem o sujeito que chega a este ponto está com um sofrimento tamanho e em um estado muito extremo que não encontra outra saída, a única maneira que enxerga para solucionar o problema é se matar.





Vamos falar sobre o assunto. Muitos dos quais se suicidam não querem realmente terminar com a vida querem terminar com a dor.




“Eu acredito que a cadência e a harmonia certas no momento certo podem despertar qualquer sentimento, inclusive o da felicidade nos momentos mais sombrios”.

(Vinícius Gageiro Marques - suicidou-se aos 16 anos)









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